Muitos casos de bronquiolite em bebês estão ocorrendo e, é preciso ficar atento. Confira!
Estamos vivendo dias frios e com muita oscilação de temperatura, com isso, as doenças comuns do inverno ganham destaque. A bronquiolite é uma doença respiratória aguda que afeta, principalmente, crianças menores de 2 anos.
Caracteriza-se pela inflamação dos bronquíolos, que são pequenas vias aéreas nos pulmões, que ligam os brônquios aos alvéolos – partes importantes do sistema respiratório – e tem o diâmetro menor que o grafite de um lápis, falando de um bebê menor de seis meses, por exemplo.
Com o bronquíolo bloqueado, ocorre uma dificuldade para a saída de ar dos pulmões e, isso causa um assobio (chiado) durante a passagem do ar por esses tubinhos mais estreitos. Quanto menor for o bebê, mais estreito é o bronquíolo e qualquer inchaço já leva a uma obstrução bem significativa.
Fique atento aos sintomas
Os sintomas da bronquiolite podem variar de leves a graves e, em alguns casos, a condição exige atenção médica imediata. Se perceber alguns destes sintomas, procure seu médico imediatamente:
– Sintomas iniciais semelhantes a resfriado: pode incluir coriza, espirros, febre leve e tosse;
– Desenvolvimento de sintomas respiratórios graves: respiração rápida e superficial, chiado no peito e aumento do esforço respiratório;
– Tosse persistente: a tosse pode ser desencadeada por secreções que ficam retidas nas vias aéreas e, por conta da irritação, ela segue persistente.
Quais são as causas?
A doença é causada, principalmente, por infecções virais e o vírus sincicial respiratório (VSR) é o agente infeccioso mais comum associado a essa condição. Porém, outros vírus respiratórios também podem desencadear a bronquiolite.
– Adenovírus: pode causar a doença em crianças mais velhas;
– Rinovírus: um dos principais agentes causadores do resfriado comum, pode, em alguns casos, levar à bronquiolite;
– Vírus da influenza (gripe): pode causar sintomas respiratórios graves e, em alguns casos, resultar na bronquiolite;
– Metapneumovírus: pode causar infecções do sistema respiratório, incluindo a bronquiolite.
Diagnóstico e tratamento
O médico, geralmente, se baseia em uma combinação de fatores para diagnosticar a bronquiolite:
– Avaliação clínica: onde o médico pneumologista realiza uma avaliação detalhada, que inclui perguntas sobre os sintomas, o histórico médico recente; como prematuridade ou doença respiratória anterior na criança, entre outros;
– Exame físico: durante o exame físico, o médico observa os sinais da dificuldade respiratória, como a respiração rápida e superficial, uso de músculos acessórios para respirar e o chiado no peito;
– Testes de detecção viral: especialmente quando a confirmação do vírus causador é necessária, o médico pode recomendar testes laboratoriais para identificar o vírus responsável, como o sincicial respiratório (VSR).
O tratamento da bronquiolite é, principalmente, de suporte, pois a condição é causada por infecções virais e, geralmente, resolve-se por conta própria. Mas, algumas abordagens auxiliam:
– Hidratação adequada: especialmente se houver dificuldade na alimentação devido a respiração debilitada;
– Monitoramento respiratório: prestar atenção na respiração e oxigenação do paciente é essencial. Em alguns casos, pode ser necessário fornecer oxigênio suplementar;
– Uso de broncodilatadores (substâncias que promovem a dilatação das pequenas vias aéreas nos pulmões): especialmente quando os chiados são evidentes, o médico pode prescrever broncodilatadores para ajudar na melhora no paciente.
A prevenção ainda segue sendo o melhor remédio, com cuidados simples, como manter as mãos sempre higienizadas; não receber visitas de pessoas resfriadas ou gripadas; ao tossir ou espirrar, cobrir boca e nariz, para evitar a propagação das partículas respiratórias no ar e manter a vacinação em dia.
Ao identificar qualquer sintoma, mesmo que seja branco, evite a automedicação, principalmente, em crianças. Procure o médico imediatamente, para que ele possa avaliar e transcrever o melhor tratamento. Agende sua consulta com a gente.
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