O uso de produtos de origem natural nasceu e cresceu junto com a humanidade (MOURA, 2016). Porém, a prescrição simultânea de medicamentos alopáticos e fitoterápicos traz consigo a possibilidade de alterar o efeito esperado da alopatia.

Tais interações não se restringem apenas ao mundo das substâncias químicas sintéticas, mas também às plantas usadas no preparo de infusões, chás, xaropes caseiros, dentre outros, bem como de medicamentos fitoterápicos (DIAS, 2018). 

Interações medicamentosas potenciais entre alopatia e fitoterapia podem acarretar prejuízos substanciais nas concentrações plasmáticas dos medicamentos e, por esse motivo, alterar seu caráter de eficiência e/ou segurança (DIAS, 2018). 

Dados científicos acerca da seguridade, eficiência e controle da qualidade de  plantas medicinais e fitoterápicos no Brasil são fornecidos através da Farmacopeia Brasileira, onde se encontram informações sobre a forma correta de preparo de formulações oficiais e as indicações e restrições de uso de cada espécie de planta medicinal (GOLÇALVES, 2019).

Todos esses materiais foram feitos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e são o suporte para as práticas de manipulação e dispensação de fitoterápicos nos programas de Fitoterapia aplicados no Sistema Único de Saúde - SUS (DIAS, 2018).

Por isso, há a necessidade da atuação de profissionais da saúde com competência para prescrição de fitoterápicos, como o Nutricionista, seja em forma de chás ou comprimidos, prevenindo efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos (MARTINS, 2014).