Helicobacter Pylori, também chamada H. Pylori, é uma bactéria Gram-negativa transmitida via fecal-oral (através de água e alimentos contaminados), comumente encontrada nos estômago.

Está presente em aproximadamente metade da população mundial, podendo atingir 70% da população nos países em desenvolvimento. 

A grande maioria das pessoas infectadas por H. Pylori não apresentam sintomas e nunca irão desenvolver qualquer problema de saúde. No entanto, sua presença pode estar associada com o surgimento de algumas doenças gastrintestinais.

Dentre as consequências da infecção, pode-se citar o desenvolvimento de úlceras gástricas e duodenais (10-15%), câncer gástrico (0,1 – 3%) e linfoma do tecido linfoide associado à mucosa (MALT), presente em cerca de um para cada 10 mil infectados. 

Vários métodos de diagnóstico estão disponíveis para detectar infecções por H. Pylori. Eles podem ser classificados como métodos invasivos e não invasivos. Para a detecção de H. Pylori, a endoscopia é empregada segurança para investigação da queixa do paciente e associando-se a biópsia gástrica para investigação da presença ou não da bactéria. Dentre os testes não invasivos, podem ser citados: teste respiratório de ureia e antígeno fecal.

A investigação com endoscopia deve ser realizada nos pacientes com queixas de dispepsia (desconforto abdominal) e sintomas de alarme (vômito, emagrecimento, sangramento gastrointestinal) ou nos pacientes com idade superior a 45 anos. Quando indicada, a erradicação do H. Pylori é possível com esquema de tratamento antibiótico associado à inibidor de bomba de prótons para reduzir a produção de ácido gástrico. Após o tratamento, são realizados testes para confirmação da erradicação da bactéria ou verificar a necessidade de retratamento com outro esquema terapêutico.